No Brasil, esse adorno veio de Portugal e os primeiros estandartes puderam ser vistos na primeira missa realizada no país, celebrada no dia 26 de abril de 1500 pelo Frei Henrique Soares, na praia de Costa Vermelha, sul da Bahia. 

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Posteriormente, foram difundidos pelos escravos. Como estes não podiam frequentar as igrejas nos dias de festas precisavam recorrer a um artifício a fim de manifestar a própria religiosidade e confeccionar os próprios santos. A maneira mais fácil era através de estandartes. Portanto, eles conseguiam, através das escravas que ficavam responsáveis pela confecção das roupas dos senhores, panos e retalhos para fabricar os estandartes. Entretanto, a fim de não ficar evidente este roubo, os panos tinham que ser pintados com pigmentos naturais. E a pintura dos santos ou santas era feita também a mão com pigmentos de tintas oriundos do açafrão, colorau, terra, etc, geralmente misturados à clara de ovo a fim de melhor os fixar. Daí a beleza das cores vibrantes que os estandartes ainda mantêm.

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Com o tempo cada quilombo passou a ter identidade própria nas comemorações populares do Rosário, do Divino, da Semana Santa e da Folia de Reis. Os escravos, para imitarem a corte, também tinham Reis e Rainhas. Eventos como a Folia de Reis e o Congado têm toda uma corte e são exemplos de festejos religiosos oriundos destas épocas e onde os estandartes estão fortemente presentes.